domingo, 6 de março de 2011

CARNAVAL A LUZ DA DOUTRINA ESPIRITA

PROGRAMA SÁBADO PASSADO 26/02/2011- ABORTO
A Doutrina Espírita não se coloca na posição de julgar e condenar quem o pratica, porém, fala-nos do Livre Arbítrio e do determinismo de cada decisão que tomamos em nossas vidas, sendo o Aborto um assassinato do feto é um crime que fere a Humana e a Divina  Lei da Reencarnação.
Ao iluminar as consciências a Doutrina Espírita somente lembra Jesus – Nosso Mestre e Médico de nossas almas - “A Semeadura é livre, contudo a colheita é obrigatória” ou ainda “A cada um segundo suas Obras”.

CARNAVAL À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA - 05/03/2011 - COMUNICADORES
 LUCIANO - Entrevistador
ARNALDO - Entrevistado

Definição de Carnaval e festas que o antecederam.

1.           O Carnaval originário tem início nos Cultos agrários da Grécia de 605 a 527 a.C. com o surgimento da agricultura, os homens passaram a comemorar a fertilidade e produtividade do solo.

2.           O Carnaval pagão começa quando Pisistráto (Governador e Tirano de Athenas) oficializa o culto a Dionísio na  Grécia, no século VII a.C. e, termina quando a Igreja Católica adapta a festa em 590 d.C..

SIGNIFICADO DOS TERMOS
1.           BACANÁLIA OU BACANAL - festim dissoluto; devassidão; orgia. Festas antigas em honra de Baco. (BACO - deus romano do vinho – DIONÍSIO deus grego do vinho e da vinha).

2.           SATURNÁLIA OU SATURNAL - festas romanas em honra de saturno, nas quais predominava a licenciosidade; orgia.

1.           O carnaval é uma dessas festas que costuma ser chamada de folia que vem do francês folle que significa loucura ou extravagância sem que tenha existido perda da razão.

2.           COMPOSIÇÃO DO VERBETE “CARNAVAL” - foi composto com a primeira sílaba das palavras – “A CARNE NADA VALE” - Dr. Bezerra de Menezes Fonte: Nas Fronteiras da Loucura – pg. 54 Manoel P. Miranda

1.           No caso do carnaval a palavra significa desvio, anormalidade, fantasia descontração ou mesmo alegria. Assim, a festa carnavalesca é o momento em que o espírito humano pode colocar para fora o que há de mais profundo de mais primitivo em si mesmo.

2.           Carnaval quer dizer “adeus carne”, porque se inicia um período de abstinência. Terça-feira gorda (mar gris – termo francês) que antecede a Quaresma.

1.           No Brasil Carnaval foi introduzido pelos Portugueses, chamava-se
ENTRUDO palavra que vem do latim “introitus”, que designa as solenidades litúrgicas da Quaresma.
2.          O Carnaval do Brasil começou a ser comemorado na metade sec.XIX, uma festa com muita ``sujidade``
·                    - Os Escravos festejavam sujando-se uns aos outros com polvilho e farinha de trigo ou espirrando água pelas ruas com ajuda de uma enorme bisnaga de lata.
·                    - As famílias brancas refugiavam-se nas suas casas,brincavam ao Carnaval fazendo guerrinhas de laranja, pequenas bolas de cera que se espalhavam água perfumada, ou então atiravam pelas janelas um líquido não tão cheiroso nas cabeças de quem passasse nas ruas.

Nosso programa hoje será um bate papo descontraído com o máximo de informações sob a ótica espírita, espero  que gostem.

Perg. - A Doutrina Espírita é contra o Carnaval?
Resp. - Nem a favor nem contra. Ela se posiciona quanto às atitudes do homem e, entende que cada um de nós enxerga as coisas onde nos colocam as nossas paixões – “diga-me onde está teu tesouro, que te direi onde está teu coração”.

Perg. - Os Espíritas reprovam o Carnaval?
Resp. - Reprovar é uma palavra forte, pois pressupõe julgamento. Os Espíritas, conhecedores dessa Doutrina Consoladora, comungam a idéia do não julgamento e conseguintemente a certeza do “livre-arbítrio” que cabe a toda e qualquer consciência; porém, lembremos – o Livre-arbítrio, queiramos ou não cria o determinismo em nossas vidas: “o plantio é livre, contudo a colheita é obrigatória”, ou seja – “A CADA UM SEGUNDO SUAS OBRAS”.

Perg. - Mas assim como qualquer outro religioso, o Espírita também diz assim: - Eu brinco carnaval, mas não faço nada de errado! - Podemos dizer que é possível, brincar e não fazer nada de errado?
Resp. - Antes de seguirmos adiante vamos esclarecer algo? – A Doutrina Espírita não deve ser encarada como mais uma religião no contexto de dogmas que embasa as religiões. Lembremos Leon Denis – Doutrina Espírita - É UMA CIÊNCIA FILOSÓFICA COM CONSEQÜÊNCIAS MORAIS, então o aspecto de religiosidade que a completa, vem por ultimo e não no inicio – Quando no movimento espírita se dá essa conotação de religião, nós Espíritas temos que nos pré-ocupar de não colocarmos o carro adiante dos bois, certo? Bem voltemos ao tema.
Podemos, contudo, raciocinar: - Ao atravessarmos uma região alagada com enchente (como acontece aqui mesmo em Santa Rita), esse local, com águas fétidas e virulentas torna-se foco de doenças e outras mazelas. Pode até acontecer de não adoecermos, certo?  MAS QUE VAMOS NOS SUJAR, VAMOS. E A SEGUIR; TOMAR UM BOM BANHO. DISSO NÃO HÁ A MENOR DÚVIDA, CONCORDA?

Perg. – Muito Bem então está tudo certo... rs..rs.. É só tomar um bom banho após o carnaval, não acha?
Resp. - Agora vamos inverter as posições! Eu te pergunto – Banho de que? Ou seja, para nos livrarmos de energia negativa o que nos recomenda? Qual tipo de sabonete? Qual o tipo de bucha? De quanto tempo seria esse banho?

Perg. - Como assim?
Resp. – Veja só, envolve o carnaval uma tempestade de energia negativa. Antes mesmo de pensarmos na limpeza, temos que nos preocupar em: como atravessaremos essa tempestade sem ser tocado ou incomodado por ela. Se não for tocado ou manchado por ela; com certeza, esse alguém é espiritualmente iluminado. Mas se for tão iluminado, com toda certeza não estará participando do carnaval.

Perg. - Pra quê tantas ressalvas, por que tanto preconceito envolvendo uma festa aonde, nós mortais, apenas extravasamos energias? Terá a espiritualidade algum motivo para censurar tanto assim uma festa; concordo não tão inocente como parece. Mas uma festa aonde o povo solta suas energias, libera suas fantasias, deixa de lado todas as tristezas, enfim uma festa que gera empregos, gera divisas para o país, gera propaganda.

Resp. - Gera... Gera sim, muitas mais coisas que nossa vã filosofia pode imaginar. Podemos adicionar fatos aos conhecimentos que temos da matéria e, ao final, cada um terá maiores bases para emitir sua opinião sobre o carnaval. Conhecemos algumas faces do que é gerado: crimes, envolvimento com drogas, atividade sexual exacerbadamente livre, insensatez, abortos (dentro de 2 ou 3 meses - as estatísticas são elevadíssimas), bebedeira e etc...
Não podemos nos esquecer que esta e muitas outras festas – como: Baladas; Rodeios; Revellion; Festas aos Padroeiros; vêm acompanhadas de atitudes de: Licenciosidade; Devassidão; festim dissoluto, a conseqüência em geral é: Sexo, Droga e Rock and Roll.

Perg. - BEM, NOSSOS QUERIDOS OUVINTES DEVEM ESTAR SE PERGUNTANDO: No lado espiritual, O QUE OCORRE?
Resp. - Bom, temos alguns fenômenos interessantes. Vamos enumerá-los e nos aprofundarmos, nos mesmos.
O homem vive ONDE e com QUEM se sintoniza psiquicamente. E essa sintonia se dá pelos desejos e tendências existentes na intimidade de cada um.
E é graças a essa lei de afinidade, que os espíritos das trevas se vinculam aos foliões descuidados, induzindo-os a orgias deprimentes e atitudes grotescas, animalizadas, de lamentáveis conseqüências – no popular é assim que funciona: “Diga-me com andas e eu te direi quem tu és”; Doutrinariamente isto se chama “SINTONIA PSÍQUICA”.

Perg. - O que é SINTONIA PSÍQUICA?  Gostaria de ouvir a vossa opinião.
Resp. – Mateus 6:21 – “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”.
A tese espírita para os relacionamentos entre as criaturas se baseia na identidade das "ondas" emitidas pelos pensamentos.
Mateus 15:18-19 “- Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem”. “- Afinal a boca diz do que o do coração está cheio, e é dele – coração - que nascem maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias”.
SINTONIA = ONDAS                    PSÍQUICA = PENSAMENTOS.
– Diz-nos Leon Dennis que a mente é uma poderosa usina, ela além de criar dá vida a formas pensamentos.

Perg. – Pode nos trazer novas colocações sobre esse “divertimento inocente”?
Resp. – Já que Sintonia significa, em definição mais ampla, entendimento, harmonia, compreensão, ressonância ou equivalência. Sintonia é, portanto, um fenômeno de harmonia psíquica, funcionando naturalmente, a base de vibrações. Duas pessoas sintonizadas estarão, evidentemente, com as mentes perfeitamente entrosadas, havendo, entre elas, uma ponte magnética a vinculá-las, imantando-as profundamente.

Perg. - Bom, então, onde está o PERIGO no carnaval? É tudo uma questão de sintonia, não é mesmo?
Resp. – Exatamente e quando há sintonia uma mente que permanece influenciando outra de forma constante  temos a obsessão.

Perg. – E o que é obsessão?
Resp. – Conforme denominado por Kardec em o Livro dos Médiuns - Obsessão – define-se como: “O domínio que alguns Espíritos conseguem adquirir sobre certas pessoas”.

Perg. - E como se dá esse domínio?
Resp. – Bem, como já o dissemos anteriormente – sintonia + entendimento + ressonância. Vejamos uma breve descrição do processo: - Depois da fase de sintonia, inicia-se um delicado processo de inter-influenciação, onde as vontades e desejos são trocados.
Sendo assim a coisa deixa de ser uma simples obsessão e, como o ambiente carnavalesco encontra-se saturado de vibrações de baixo teor essa obsessão, em particular, é potencializada, quase que imediatamente, evoluindo para outra situação que denominamos Obsessão Moral ou Vampirismo, a partir daí o quadro obsessivo pode contar com a participação de mais mentes (Espíritos Obsessores). O encarnado atrai inúmeros Espíritos maus que se afinizam com seus desejos de: sexo; bebida; droga, etc... Propiciando o chamado Condomínio Espiritual.

Perg. - Tá esquentando esse assunto carnavalesco, podemos observar então que o desdobramento é inevitável. Fale-nos um pouco mais desse Condomínio Espiritual.
Resp. – A má conduta que emanamos nas festas carnavalescas permite que nossas vontades sejam potencializadas pelas mesmas vontades e desejos de malfeitores trevosos e, eles (malfeitores trevosos) se vinculam a nós pelos fios invisíveis dos desejos e vontades que reprimimos.

Perg. – Como podemos entender um pouco melhor isso?
Resp. – Bem, na verdade é simples de acontecer, porém, difícil de explicar, mas, tentemos: Os ritmos carnavalescos levam o Homem a imaginar-se em um mundo mágico, onde tudo é permitido e isso faz com que ele se solte, ou seja: “Estou numa boa, Livre, leve e solto”. Certo?

Perg. – É o que se pensa.
Resp. – Errado. Na verdade quando nos soltamos no carnaval, ou em qualquer lugar, e ilusoriamente achamos que estamos soltos, Espiritualmente, ocorre exatamente ao contrário. Nesse “caso “estar numa boa”; literalmente significa estar: ”preso, pesado e amarrado”.
Viramos “sem querer” hospedeiro que convidou um parasita a “sugar” a nossa vitalidade, juntando tudo isso em geral no dia seguinte não há remédio, por melhor que seja, que nos cure.
Preso ao parasita, ou parasitas. Pesado por causa da agitação. E amarrado por tempo indefinido ao hospede que se torna indesejável, assim que passa toda a euforia carnavalesca.
ISSO SE CHAMA RESSACA. MAS NA VERDADE A RESSACA MORAL É INFINITAMENTE MAIOR QUE A RESSACA FÍSICA.

Perg. – Podemos entender essa ressaca moral na ótica espírita?
Resp. – Ressaca é algo que nos incomoda. Incomoda pela dor de cabeça. Incomoda pelo mal estar físico. E incomoda porque, geralmente não nos lembramos de nada, ou, quase nada do que ocorreu no dia/noite anterior.
O Espírito Hahnemann – Médico da Homeopatia - nos alerta em o Evangelho Segundo o Espiritismo que todos os vícios são inerentes ao Espírito. Portanto todos os vícios são de uma ou de outra forma Vícios Morais. Quando abrimos as portas para nossos infelizes companheiros de jornada, que buscam as sensações que entorpecem os sentidos; ajustam-se os encarnados aos apelos do Além-infeliz, servindo-lhes de VASOS NUTRIENTES, onde as sombras babejam e triunfam por momentos. (...) Ou seja, aonde somos USADOS pelas “sombras” para seus fins escusos, vis e malfazejos. Assim, desvitalizados pelos excessos e por parasitas, caímos na ressaca física, essa ressaca física nos remete à ressaca moral inevitavelmente.

Perg. – Muito bem, mas ainda assim perguntamos: Porque a Doutrina Espírita não desaconselha a participação dos espíritas nessas festas?
Resp. - Podemos responder com Paulo de Tarso e não necessariamente com o desaconselhamento da Doutrina. “TUDO POSSO, MAS, NEM TUDO ME CONVÉM” – o papel da Doutrina Espírita é iluminar consciências, e não julgar essas festas e as próprias consciências, visto que, quando aconselhamos, queiramos ou não estamos julgando ou pré-julgando algo ou alguém. A Doutrina dá a diretriz, a decisão do caminho a seguir é sempre de foro intimo. Ou seja, “A SEMEADURA É LIVRE. A COLHEITA É OBRIGATÓRIA”.

Perg. – Mas muitas pessoas se posicionam assim, desaconselhando ou até proibindo os filhos de participarem das festas momescas.
Resp. – Companheiros isso ocorre até no meio espírita. Muitos "espíritas" se posicionam assim, mas não podem fazê-lo em nome da Doutrina.
À medida que ampliamos nosso foco sobre as questões morais nossas avaliações melhoram e acabamos por execrar uma série de atitudes que tivemos no passado.
Por isso não é conveniente o julgamento das pessoas que freqüentam ou gostam do que não admiramos mais. É uma questão de "relatividade".
O movimento espírita, em parcela grande de seus adeptos, não mais faz que mimetizar o comportamento religioso do passado recente ainda ligados pelos laços de consciência. Infelizmente não compreenderam o alcance filosófico da proposta espírita e vivem sob os mecanismos psíquicos fomentados por séculos de dogmatismo e doutrina do medo – Céu ou Inferno. 

Perg. - Esse tipo de ocorrência é recorrente somente nas festas carnavalescas, ou seja, estamos sujeitos a isso em quais situações vividas ou vivenciadas?
Resp. – Não. Focamos o carnaval, por ser assunto do momento, mas se reduzirmos tudo o que aqui colocamos, veremos que a redução será aplicada ao nosso dia-a-dia. Não apenas a “aglomeração carnavalesca” deve chamar nossa atenção, as demais situações também.

Perg. – Para finalizar. Verdade seja dita, ninguém produz algo sozinho. Seja no âmbito do mundo corpóreo ou do mundo espiritual, então para algo realizarmos necessitamos de parceiros, correto?
Resp. – Sim, com certeza. Apesar de o Homem pouco se preocupar com as relações humanas e consigo mesmo, ele vive em total "excesso", "imediatismo", "auto-prazer", enfim, o homem perdeu o endereço do "espírito", - temporariamente -, e nessas aglomerações mal consegue enxergar o endereço do corpo. Em virtude da mudança dos paradigmas sociais, visto que já adentramos o chamado ciclo da regeneração planetária e humana, deverá o Homem voltar-se para os valores espirituais.

Perg. – Qual a base para que o Homem possa voltar-se para os valores espirituais, a religião?
Resp. – Também, mas, a mais importante, conforme não cansa de nos advertir “Emmanuel” – é a BASE FAMILIAR, onde se desenvolve O Amor. O perdão. A paciência. A tolerância. Enfim tudo o que leva as pessoas a um bom relacionamento.

Queridos ouvintes e companheiros, vamos para a 'folia' do momo?
Vamos ao encontro da espiritualidade inferior que grassa nesse ambiente?

Ou vamos aproveitar os dias de carnaval, para darmos o devido descanso ao nosso corpo físico e auxiliarmos a Espiritualidade Superior, com nossas orações e vibrações, a zelar por nós e pelos nossos irmãos desavisados e a todas as conseqüências que acabamos de enumerar?

Para você, mudou algo sobre a visão do carnaval?

PENSAMENTO DE EMMANUEL - Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.
É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.
Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.
Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.
Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de carinho.
Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.
É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral.
Emmanuel
Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier em Julho de 1939 / Revista Internacional de Espiritismo, Janeiro de 2001.